Você sabia que a pressão alta ou hipertensão arterial sistêmica, assim como em humanos, também pode ocorrer em cachorros ou gatos?
Várias doenças podem provocar esse sinal clínico – que pode ser silencioso e deve ser tratado, se diagnosticado. O aumento da população geriátrica animal, por exemplo, gera um aumento de doenças que podem levar à hipertensão.
Ao contrário do que ocorre com os pacientes humanos, a doença em cães e gatos é, geralmente, secundária a alguma afecção sistêmica.
Em cães, a hipertensão relaciona-se mais comumente à doença renal crônica, hiperadrenocorticismo e diabetes mellitus. A hipertensão em gatos, por outro lado, está mais frequentemente associada à doença renal crônica e ao hipertireoidismo.
A pressão alta nos cachorros e gatos pode provocar lesões em outros órgãos, tais como cérebro, rins, olhos e coração. Com isso, o médico veterinário deve realizar a mensuração da pressão arterial sistêmica com frequência. Hoje em dia, temos um método não invasivo para tal mensuração. Geralmente utilizamos um aparelho chamado Doppler.
Os valores de normalidade da pressão em cães e gatos também são diferentes dos humanos. Os valores normais para eles são entre 100 mmHg e 140mmHg. Valores acima de 150 mmHg são considerados hipertensão.
Prevenção por meio de exame
O exame para diagnóstico de hipertensão é comum e fácil de ser realizado em ambulatório. Entretanto, essa mensuração pode ser afetada devido ao estresse do animal no momento do exame e isso gera uma subjetividade no resultado.
Nesse sentido, o ideal é tentar acalmar o animal, fazer mais de uma mensuração no mesmo dia ou até várias mensurações em dias alternados. Dessa forma, teremos um diagnóstico definitivo da hipertensão arterial sistêmica.
Em conclusão, caso o animal seja diagnosticado com pressão arterial alta, o veterinário deve descobrir a causa, iniciar o tratamento da doença primária e tratar a hipertensão em conjunto.